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Dia nacional do imigrante italiano

21 de fevereiro

Conheça um pouco sobre a imigração italiana no Brasil e sua importância na produção do vinho nacional.

dia nacional do imigrante italiano foto antiga

O vinho chegou ao Brasil junto com os descobridores e sua principal função era de caráter religioso. Logo, sua importância cresceu com a chegada dos jesuítas a partir de 1530. Mas, foi na segunda metade do século XIX que a vitivinicultura começou a se desenvolver no país, com a chegada dos imigrantes italianos tanto no Sul quanto no Sudeste. Conheça um pouco mais da história do vinho no Brasil e de sua íntima relação com a imigração italiana no país. Principalmente, nas cidades de Bento Gonçalves, Jundiaí e São Roque.

Rio Grande do Sul - Bento Gonçalves

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Os primeiros imigrantes italianos a chegarem no Brasil vieram do norte da Itália, a maioria da região do Vêneto, e chegaram ao atual município de Bento Gonçalves, em dezembro de 1875. Estes primeiros imigrantes italianos, que chegaram ao sul do país, elaboravam o vinho comum, conhecido no Rio Grande do Sul como vinho colonial.

A história desta região está intimamente vinculada à cultura, hábitos e tradições que os imigrantes italianos trouxeram e que foram fundidos ao novo meio ambiente. Ao longo dos anos, houve vários ciclos de agroindustrialização com base na vitivinicultura na região de Bento Gonçalves. Desde pequenas empresas até as cooperativas, multinacionais e vinícolas familiares. A identidade cultural dos imigrantes italianos do sul do país, e a prosperidade de suas produções de vinhos na região, criou rotas turísticas e gastronômicas importantes, como a conhecida Caminhos de Pedras.

A valorização e o resgate dos hábitos e tradições dos colonos atrai turistas interessados na cultura dos imigrantes e leva-os a consumir seus vinhos, cada vez mais apreciados pelo país. Apesar das maiores indústrias brasileiras de vinho estarem localizadas em São Paulo, quase toda a produção é de envase de vinhos originários do Sul.

São Paulo - Jundiaí

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No estado de São Paulo, os primeiros imigrantes italianos produziram um vinho artesanal, destinado somente para o consumo do círculo familiar e de amigos mais próximos. As primeiras experiências no cultivo e na produção de vinho no estado de São Paulo, ocorreram em Jundiaí. Também com forte influência dos imigrantes italianos. Os conhecimentos sobre a produção desta bebida vieram na bagagem social e cultural dos primeiros imigrantes italianos que aportaram no antigo Núcleo Colonial Barão de Jundiaí, fundado em 1887.

Foi em Jundiaí também, que a produção de uva de mesa assumiu importância significativa, principalmente a niagara, a mais consumida no país. A cultura italiana foi fundamental para o desenvolvimento das atividades vitivinícolas na região de Jundiaí. Muito bem resgatadas e exploradas nas festas da uva e, de forma particular, por alguns produtores, que trouxeram na uva sua herança cultural. Com o avanço do café para o norte e oeste do estado de São Paulo e declínio da cafeicultura na região, o cultivo da uva passou a se desenvolver mais na região. Inicialmente para suprir o consumo das famílias italianas.

A uva então, passou, gradativamente, de cultura intercalar a uma das atividades mais importantes em Jundiaí, graças aos imigrantes italianos.

São Paulo - São Roque

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O município de São Roque, situado a apenas 60 km da metrópole São Paulo, desenvolve a vitivinicultura desde o final do século XIX. Nesta cidade, os imigrantes italianos tiveram a colaboração dos imigrantes portugueses. Juntos, elaboraram seus próprios vinhos.

Além disso, os investimentos em pesquisa, a contratação de especialistas e a implantação de inovadoras técnicas na produção de uva e vinho, levaram a formação da aglomeração de 16 vinícolas na cidade.

Atualmente, São Roque é conhecida como a “Terra do Vinho Paulista”. Foram os italianos, vindos da região de Piemonte que iniciaram o processo de ocupação no município de São Roque. Eles chegaram atraídos pelo trabalho na indústria têxtil. Já, a segunda colonização italiana foi para substituir a mão de obra escrava. Esta ocupação foi fundamental para o desenvolvimento da vitivinicultura no município.

Foram, principalmente, os imigrantes italianos, que vieram trabalhar nas prósperas propriedades de café, que trouxeram a tradição do consumo do vinho para esta região. Além do conhecimento dos tratos da videira e da produção desta bebida cada vez mais amada entre os brasileiros.

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